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Após quase uma década longe dos cinemas, Renée Zellweger retorna ao papel que definiu sua carreira e conquistou milhões de fãs ao redor do mundo: Bridget Jones. Bridget Jones: Louca Pelo Garoto adapta o terceiro livro de Helen Fielding e chega como um reencontro agridoce, carregado de nostalgia, amadurecimento e uma dose inesperada de intimismo que a franquia até então nunca havia explorado de maneira tão profunda.
Se os primeiros filmes eram marcados por romances turbulentos e situações constrangedoras que renderam boas risadas, este quarto capítulo se apresenta com um tom mais sereno, quase contemplativo. O humor ainda está lá, mas ele se tornou pontual e menos espalhafatoso, dando lugar a reflexões sobre luto, amadurecimento e redescoberta em uma fase da vida que o cinema muitas vezes prefere ignorar. O resultado é uma produção que respeita o legado dos três filmes anteriores e, ao mesmo tempo, dá novos significados para a trajetória de sua protagonista.
Bridget agora é uma mulher viúva, mãe dedicada e com mais de 50 anos de idade. A morte de Mark Darcy, ocorrida quatro anos antes dos acontecimentos do longa, abre espaço para explorar um lado da personagem que nunca havia sido mostrado: sua necessidade de recomeçar, de lidar com a ausência de um grande amor e, ao mesmo tempo, aprender a encontrar novas razões para viver. O fantasma de Darcy, interpretado mais uma vez por Colin Firth em breves devaneios, não apenas dá peso emocional ao filme, como também funciona como uma ponte entre o passado e o presente. Ao reviver esse luto ao lado de Bridget, o público se vê ainda mais conectado à personagem, afinal, estamos acompanhando essa história há mais de 20 anos.
Esse amadurecimento também se reflete no humor, que antes se apoiava em situações constrangedoras e exageradas. Aqui, os tropeços de Bridget ainda existem, mas aparecem de maneira pontual, apenas para reforçar sua humanidade. A comicidade dá lugar a uma personagem mais centrada, que conserva seu carisma desajeitado, mas agora com uma maturidade que reflete o peso dos anos. Pode não ser o filme mais engraçado da franquia, mas certamente é o mais honesto e emocional.
Ao mesmo tempo, o longa não se esquece de prestar homenagem ao que veio antes. Velhos conhecidos retornam, como Hugh Grant no papel do inesquecível Daniel Cleaver, além do grupo de amigos de Bridget, a médica Rawlings e até mesmo Firth. Esses reencontros trazem um sabor especial para a narrativa, um misto de nostalgia e continuidade que reforça a ideia de progresso da vida, mostrando que, embora os rostos agora carreguem rugas e cabelos grisalhos, a essência permanece a mesma. Esse respeito pela história construída ao longo dos anos é um dos maiores trunfos do filme.
Mas se há nostalgia, também há renovação. Os novos interesses amorosos de Bridget, vividos por Chiwetel Ejiofor e Leo Woodall, chegam para preencher o vazio deixado pela ausência do triângulo amoroso entre Darcy e Cleaver. Diferente dos primeiros filmes, em que o romance dominava a narrativa, aqui ele aparece em segundo plano. O foco está em mostrar como Bridget lida com a viuvez, com os desafios da maternidade e com o medo de se arriscar em uma idade mais avançada. Ainda assim, a dinâmica entre os novos pretendentes traz frescor e dá ao filme uma sensação de reinvenção, quase como um “reboot emocional”, sem jamais descaracterizar a essência da franquia.
Essa abordagem torna o longa uma experiência agridoce: por um lado, vemos a Bridget que conhecemos, ainda com suas inseguranças e vulnerabilidades; por outro, acompanhamos uma mulher que amadureceu, que carrega consigo cicatrizes, mas também a sabedoria do tempo. Essa contradição entre a velha e a nova Bridget é justamente o que torna o filme tão especial. Ele não tenta repetir fórmulas do passado, mas sim atualizá-las, provando que ainda existe muito a ser contado sobre essa personagem.
E se falamos de Bridget, não há como não falar de Renée Zellweger. A atriz continua sendo a alma e o coração da franquia. Mesmo após tantos anos, ela ainda conserva o brilho e os trejeitos que a tornaram inesquecível no papel, mas agora com a densidade de quem também amadureceu fora das telas. Mais experiente, premiada com um Oscar por Judy, Zellweger entrega uma Bridget menos caricata, mais contida e emocionalmente complexa. É uma interpretação que mostra respeito à personagem e que reforça a ideia de que poucas atrizes conseguiram se fundir tão completamente a um papel quanto ela.
Outro ponto que merece destaque é a forma como o filme trata o envelhecimento feminino. Bridget se vê diante do dilema de recomeçar uma vida amorosa em uma fase em que a sociedade, muitas vezes, já não a considera protagonista desse tipo de narrativa. Há medo, insegurança e, sobretudo, uma reflexão sincera sobre o que significa envelhecer em um mundo que costuma valorizar apenas a juventude. Essa camada de profundidade traz uma mensagem poderosa e atual, que dialoga não apenas com fãs antigos, mas também com uma nova geração de espectadores.
No fim das contas, Bridget Jones: Louca Pelo Garoto é muito mais do que apenas uma sequência tardia. É um filme que exala respeito e carinho pela franquia, ao mesmo tempo em que ousa amadurecer junto de sua protagonista. Ele honra o passado sem ficar preso a ele, oferece novas possibilidades sem apagar o que já foi construído e entrega uma narrativa que combina nostalgia, luto, redescoberta e liberdade.
Mais do que isso, prova que Bridget ainda tem muito a dizer — e que nós, como público, ainda temos muito a aprender com ela. Uma continuação que parecia improvável, mas que se revela não apenas necessária, como também uma das mais emocionantes e maduras de toda a saga.
Rated 3/5 Stars •
Rated 3 out of 5 stars
08/29/25
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George B
We hired this film and therefore felt obliged to try and watch it. We watched through gritted teeth, willing on the end. Predictable, unfunny, uncreative to the point of aesthetic nausea. Even the slapstick was entirely without a laugh. The gurning faces, fake bonhomie and clichéd lines spouted by the actors were breathtakingly awful. Nothing warming, moving or passionate, just piano chords informing the audience that the scene was meant to be emotional.
Never ever again.
Rated 0.5/5 Stars •
Rated 0.5 out of 5 stars
08/15/25
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Dilyana T
An exciting experience of going up with exaggeration surges and sliding down to the cynical realities. Not a second of boredom thanks to the powerful mature talents - Renee Zellweger gripping your mind, forcing herself into your senses in the most gentle, beautiful, blond way; Hue Grant, greyed, but agreeably in the context of his enormous legacy to the industry, making you wonder he’s projecting his own bearing into the character’s and you can’t help but picturing him behaving, speaking, gesturing the same way in real life situations. Sweet and bitter truths for a laugh or two and a pang of sadness, but entirely plausible in our cynical world. And Leo Woodall… the new Chris Pine, can’t wait to see his evolution to Colin Firth’s benchmark.
Rated 5/5 Stars •
Rated 5 out of 5 stars
08/14/25
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Helen J
I loved it! I love all the Bridget Jones movies. I hope there will be another one. Maybe Bridget will get married again.
Rated 4/5 Stars •
Rated 4 out of 5 stars
08/13/25
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ryan P
A nice way to end the film series but if you were judging it as a stand alone film it unfortunately fails. Too much sadness to be classed as a “romcom”
It’s always going to be impossible to top the first and original film which was a masterpiece.
One bonus is the cinematography of London was great.
Rated 3/5 Stars •
Rated 3 out of 5 stars
08/10/25
Full Review
David K
Nostalgic and predictably feelgood ending to the film series. Mercifully better than the appropriately titled Edge of Reason, but nowhere near as good as the original outing. Time to stop now. Please.
Rated 3/5 Stars •
Rated 3 out of 5 stars
08/31/25
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